Viscosidade, API, classificação SAE?? O que é isso?

Você já deve ter ouvido falar algum desses termos mas, você sabe o que significam?

duvidaViscosidade ou classificação SAE e API são critérios de classificação que diferenciam os diferentes tipos de lubrificantes.
A viscosidade, é a capacidade que o óleo tem de escoar. Quanto mais viscoso (mais grosso) o óleo, menos a capacidade de escoamento. Ou seja, o óleo demora mais para escorrer. A viscosidade de um fluido não é constante, varia de acordo com a temperatura. Quanto esta aumenta, a viscosidade diminui, fazendo com que o óleo escoa mais facilmente.
Classificação SAE: Classifica os lubrificantes de acordo com sua viscosidade, indicada por número. Quanto maior o número, mais viscoso (grosso) o lubrificante. A classificação SAE subdivide os óleos lubrificantes em três grupos:

Óleos de inverno: são óleos que possibilitam uma fácil e rápida movimentação das peças móveis do motor e do próprio óleo, mesmo em condições de frio rigoroso ou na partida a frio do motor. Essa viscosidade é medida a baixas temperaturas e tem a letra W (de inverno, em inglês “Winter”) acompanhando o número de classificação.

Óleos de verão: são óleos que trabalhem em altas temperaturas, sem o rompimento de sua película lubrificante, pois quanto mais quente o óleo, menos viscoso ele se apresenta. Os óleos de grau de verão têm sua viscosidade medida em altas temperaturas. Os testes dos óleos de grau de verão verificam a operabilidade do lubrificante em altas temperaturas, ou seja, a sua capacidade de oferecer proteção em regimes extremos.

Óleos multiviscosos: Atendem estas duas exigências, desta forma um óleo multigrau SAE 20W40 se comporta a baixa temperatura como um óleo 20W reduzindo o desgaste na partida do motor ainda frio e em alta temperatura se comporta como um óleo SAE 40, tendo uma ampla faixa de utilização.

Classificação API
Desenvolvido pelo Instituto Americano, é a mais tradicional e indica a especificação de desempenho. O código API divide em três categorias os óleos de motor. Os motores a combustão interna que utilizam velas para gerar a combustão (nossos carros normais) devem ser lubrificados pelos óleos API “S”. Já para motores a diesel (com combustão “espontânea”) é utilizada a sigla os API “C”. Finalmente os óleos lubrificantes para engrenagens são os API GL, onde “GL” indica gear lubrificant (lubrificante de engrenagens, em inglês).

Para carros de passeio, por exemplo, temos os níveis API SL, SJ, SH, SG etc. O “S” significa Service Station, e a outra letra define o desempenho. O primeiro nível foi o API SA, obsoleto há muito tempo, consistindo em um óleo mineral puro, sem qualquer aditivação. Com a evolução dos motores, os óleos sofreram modificações, através da adição de aditivos, para atender às exigências dos fabricantes dos motores no que se refere à proteção contra desgaste e corrosão, redução de emissões e da formação de depósitos etc. Esta classificação é de fácil entendimento já que a evolução das letras significa a evolução da qualidade dos óleos. Portanto, para a API, SM é melhor que SL, que por sua vez é melhor que SJ e assim por diante. Por isso, quando é recomendado no manual do proprietário um óleo com classificação SJ por exemplo poderá ser usado um óleo SL, porém o contrário não é adequado.

No caso de motores diesel, a classificação é API CI-4, CH-4, CG-4, CF etc. O “C” significa Commercial. A API classifica ainda óleos para motores dois tempos e óleos para transmissão e engrenagens. O mesmo raciocínio de evolução pode ser empregado nesse caso.